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Paulina Chiziane, escritora Moçambicana, recebe o Prêmio Camões.

Por Letícia Rocha Portela*

No dia 20 de outubro de 2021, quarta-feira, foi atribuído, por unanimidade, o prêmio Camões a Paulina Chiziane, nascida em Manjacaze, Moçambique. Ela foi a primeira mulher a publicar um romance em seu país e a primeira mulher africana a receber o prêmio. A autora reconhecida nessa premiação narra em seus livros, de maneira crítica, a história e os traumas sofridos por sua nação.

O prêmio Camões, instituído em 1988, é o maior reconhecimento literário em língua portuguesa, sendo disputado pelos autores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Nessa 33° edição do prêmio, foi a terceira vez que um autor moçambicano venceu, sendo os antecessores de Paulina, José Craveirinha em 1991 e Mia Couto em 2013. 

A cada ano, no prêmio Camões, estão presentes seis jurados, sendo dois representantes do Brasil, dois de Portugal e dois dos países africanos cujo português é a língua oficial. Como dito anteriormente, Paulina venceu por unanimidade, o que é extremamente representativo, pois além de uma grande figura feminina, também, representa a literatura africana, que luta por espaço no cenário mundial.

Card de Divulgação da matéria sobre a escritora Paulina Chiziane. 
Imagem gráfica. O card é dividido em duas partes: o centro e o topo têm um fundo com diversos padrões de estampas diferentes, e, em destaque, encontra-se uma foto de perfil de Paulina, que segura um microfone com a mão direita, e tem a esquerda levantada, com o punho fechado. Paulina é uma mulher negra de cabelos curtos. Ao lado da foto da escritora enxerga-se parcialmente a foto de livros de Paulina: duas cópias do livro “As Andorinhas”. Na parte de baixo da imagem, de fundo bordô, temos o nome da escritora, e a manchete: “Prêmio Camões vai para escritora moçambicana, primeira africana entre os vencedores. A autora esteve na UFPR em 2017.” Acima da manchete encontram-se as logos do NEAB, da SIPAD e da UFPR.
Créditos da Arte: Bia Vieira

Foto da escritora Paulina Chiziane e do Professor Doutor Paulo Baptista da Silva, em encontro na Associação dos Escritores Moçambicanos, em Maputo, Moçambique. Paulina é uma mulher negra de cabelo curto cacheado, que no momento da foto usava um casaco marrom, uma blusa cinza e um colar. O professor Paulo é um homem negro de cabelos grisalhos curtos, que no momento da foto usava uma camiseta branca, cuja estampa é uma foto com filtro preto e branco de uma moça negra, com cabelo trançado. No fundo da foto encontra-se uma mesa com cadeiras verdes; uma parede de amarelo bem claro, com janelas e uma porta, a qual é acessada por uma escada de 5 degraus; e, logo atrás da escritora e do professor, têm-se alguns galhos de árvores. No rodapé a foto, é cortada por uma linha ondulada. Abaixo dessa linha, em fundo vermelho, encontram-se as logos do NEAB, da SIPAD e da UFPR.
Foto de Paulina Chiziane com o Superintendente da SIPAD, Prof.º Dr. Paulo Baptista da Silva.

Paulina Chiziane foi pioneira em seu país, ao ser a primeira mulher romancista, publicando, em 1990, seu primeiro livro, “Balada de amor ao vento”. Ela também escreveu as obras “Ventos do apocalipse”, “O sétimo juramento”, “Niketche: uma história de poligamia” – seu livro de maior sucesso -, e outros diversos livros. Apesar de ser intitulada como romancista, Paulina reitera que não é apenas uma romancista, pois incorpora outros gêneros e nem sempre segue a estrutura clássica do romance.

A vencedora do prêmio Camões deste ano é uma figura extremamente importante para a literatura, pois tem um olhar atento aos problemas enfrentados pelas mulheres moçambicanas e africanas. Ela também atuou politicamente durante a luta pela independência de Moçambique e na guerra civil. Além disso, é característica de sua obra a pluralidade cultural e o realismo social.

No ano de 2017, Paulina Chiziane esteve no Brasil e foi recebida na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Acesse aqui a reportagem da UFPR TV sobre sua participação.

FONTES

Público.pt. Prémio Camões para a escritora moçambicana Paulina Chiziane, uma “caçadora” de histórias. Acesse aqui.

Observador.pt. Prémio Camões atribuído a Paulina Chiziane, “a primeira romancista de Moçambique”. Acesse aqui.

Biblioteca Nacional. Prêmio Camões de Literatura. Acesse aqui.

Brasil Escola por Warley Souza. Paulina Chiziane. Acesse aqui.

* Letícia Rocha Portela é bolsista do NuCA/SIPAD e estudante de Letras Português/Espanhol na UFPR.

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