No dia 17 de maio de 1990, a OMS deixou de considerar a homossexualidade como transtorno mental, removendo-a do Código Internacional de Doenças (CID). É importante lembrar que, com a remoção do CID, deixa-se de usar o termo “homossexualismo”, justamente por ser um termo que coloca a sexualidade como doença. Até então, sua inclusão no CID contribuía para que muitos médicos pelo mundo buscassem tratamentos de reversão de homossexuais, bem como para a criminalização das pessoas desse grupo. No Brasil, apenas em 2019, o STF passou a considerar crime a discriminação contra identidade de gênero e sexualidade, se enquadrando na Lei de Racismo (7716/89), inafiançável, com punição de um a cinco anos e, em alguns casos, multa.

Apesar dessas mudanças significativas, ainda hoje existem grupos “contra a homossexualidade” e atos de violência verbal e física contra homossexuais. Por conta da luta histórica e atual não apenas de pessoas homossexuais (lésbicas e gays), mas também de bissexuais, transsexuais, transgêneros e travestis, o dia 17 de maio se tornou um dia de conscientização contra o preconceito e a violência contra a população LGBT+ e pela igualdade de direitos, incluindo os mais básicos, como o direito à vida. Mesmo havendo muitos homicídios e atos de violência contra pessoas LGBT+, nacional e internacionalmente, os casos são subnotificados de forma oficial, sendo contabilizados geralmente por grupos ou associações independentes como a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA) e o Grupo Gay da Bahia (GGB).